NOTÍCIAS DIÁRIAS

Irmão contraria versão de Tuma Jr. sobre Lula

10/12/2013 08:52

 

247 - A revista Veja lançou neste final de semana o livro Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado, de autoria do ex-secretário nacional de Justiça (2007-2010) Romeu Tuma Júnior, mas escrito pelo jornalista Claudio Julio Tognolli

Em seu livro, Tuma Júnior denuncia que, sob o comando de Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul, o governo patrocinava a produção de dossiês contra adversários políticos. Um dos alvos foi Marconi Perillo, governador de Goiás. "Só porque ele avisou o Lula da existência do mensalão", diz Tuma. Outro alvo, segundo o delegado, teria sido o ex-senador cearense Tasso Jereissati, também adversário do ex-presidente. Tuma Júnior afirma que o pedido partiu do hoje ministro Aloizio Mercadante.

Em relação a Lula, Tuma Júnior faz uma acusação mais grave. Afirma que ele foi "informante da ditadura". "Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei tudo", diz o delegado.

No entanto, em um discurso no falecimento do ex-senador Romeu Tuma, em 2010, o irmão de Tuma Júnior, o médico Rogério Tuma, contou, emocionado, que o pai salvou Lula de ser assassinado pelo regime militar. A revelação descredita o teor do livro de Tuma Junior (Assista aqui).

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"Muambeiro" e "meliante". Esse era Tuminha em Veja

10/12/2013 08:50

 

247 - Já houve um tempo em que o delegado Romeu Tuma Júnior, autor do livro "Assassinato de Reputações - um crime de Estado", lançado com estardalhaço como "livro bomba" neste fim de semana, por Veja, foi tratado como um reles muambeiro na mesma revista:

Uma muambazinha não dói 

O que acontece quando um secretário nacional de Justiça é pego em flagrante intimidade com alguém acusado de viver da pouco honrosa atividade de importar celulares baratos, etiquetá-los com marcas famosas e revendê-los como se legítimos fossem? E o que acontece se esse secretário, que é também presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, é gravado cotando o preço de uma muamba com a ajuda do mesmo amigo suspeito? A resposta é: não acontece nada.

Colunistas da publicação, como Augusto Nunes, o viam como "personagem espantoso no país que não se espanta com nada":

Pelo conjunto da obra, Romeu Tuma Junior conseguiu transformar-se num personagem espantoso no país que já não se espanta com nada. Delegado de polícia, confessou-se incapaz de distinguir um mafioso de um coroinha. Para virar secretário nacional de Justiça, bastou-lhe a certidão de nascimento. Incumbido de combater a pirataria e a evasão de divisas, comprou produtos contrabandeados e tentou liberar o embarque de uma deputada com 160 mil dólares escondidos na bagagem.

O mesmo colunista afirmava que ele não poderia continuar no gabinete que desonrou: 

Tuma Junior não pode continuar no gabinete que desonrou

Neste começo de maio, o Estadão apresentou ao país, de uma vez só, um delegado que mantém há 30 anos relações promíscuas com um bandido preso há vários meses, um deputado estadual que promoveu a assessor parlamentar o chefe da máfia chinesa em São Paulo, um presidente do Conselho de Combate à Pirataria que compra produtos contrabandeados,  um figurão federal que pressiona policiais para infiltrar no funcionalismo público o genro reprovado em concurso e um secretário nacional de Justiça que comete todas as infrações que cumpre ao ocupante do cargo coibir. São cinco espantos da fauna brasileira. Todos atendem pelo nome de Romeu Tuma Junior. É muito pecado para um só pecador.

As declarações deste fim de semana avisam que, se depender do presidente, o filho do senador ficará onde está. Mas é provável que, como Antonio Palocci ou José Dirceu, acabe afastado da Secretaria Nacional de Justiça. Ainda que todas as outras acusações fossem improcedentes ─ e não são ─ as ligações mais que perigosas com o mafioso amigo já bastariam para desqualificá-lo para qualquer cargo público, além de colocá-lo na alça de mira da Justiça. Se Tuma Junior permanecer no gabinete que desonrou, o sucessor de Lula saberá que, desde o primeiro minuto na presidência, estará absorvido pela tarefa de debelar a necrose moral que devasta o governo.

E outro expoente da casa, Reinaldo Azevedo, também defendia sua demissão:

Vamos com calma aí. Fosse Tuma Jr. um cidadão comum, e ele não teria de se afastar de lugar nenhum, certo? Sem a  prova provada de seu envolvimento com o crime, nada a fazer. Mas o doutor é nada menos que o Secretário Nacional de Justiça. Na prática, é o segundo cargo mais importante do Ministério da Justiça. Entre as suas tarefas, está o combate à pirataria, e o tal Paulo Li, que está preso, é justamente um especialista em… pirataria!!! Tuma Jr., diga-se, lhe faz algumas encomendas. Era de produto pirata ou não? Quem vai saber.

Augusto Nunes chegou a ironizar o delegado que, ao cair, disse ser vítima do crime organizado ("a mesma máfia que combato há 30 anos"):

Delegado sem rumo

“Estou sendo vítima do crime organizado, da mesma máfia que combato há 30 anos”.

Romeu Tuma Júnior, delegado, ao saber que foi exonerado do cargo de secretário nacional de Justiça, insinuando que estão a serviço do crime organizado os agentes da Polícia Federal que descobriram as incontáveis delinquências que andou cometendo.

No entanto, bastou que Tuma Júnior mudasse o discurso, passando a se declarar vítima do Partido dos Trabalhadores e de sua suposta máquina de moer reputações para que tudo mudasse. Reinaldo Azevedo, por exemplo, defende que Lula seja ouvido pela Comissão da Verdade. Nunes também bate pesado. "Os episódios relatados por Tuminha exumam, por exemplo, pressões exercidas por ministros decididos a transformar em instrumento eleitoral informações sigilosas, a fábrica clandestina de dossiês cafajestes instalada nos porões de um ministério, a movimentação de figurões envolvidos na operação destinada a sepultar os motivos reais do assassinato de Celso Daniel ou detalhes do gigantesco esquema de escutas telefônicas ilegais que não pouparam sequer a cúpula de um dos três Poderes", diz ele.

Fica assim definida a fórmula para transformar qualquer "muambeiro", "meliante" e símbolo de "necrose moral" em herói nas páginas de Veja. Basta se declarar vítima do PT e, de preferência, atacar o ex-presidente Lula.

Abaixo, links de como Tuminha era retratado por Veja:

AS DENÚNCIAS DE ROMEU TUMA JÚNIOR

Para quem quiser conhecer um tempo em que a "Veja" tratava Romeu Tuma Júnior como bandido, autor de "incontáveis delinquências":

https://veja.abril.com.br/120510/muambazinha-nao-doi-p-080.shtml

https://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/governo/o-patrimonio-modesto-de-tuma-jr/

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/pai-de-tuma-jr-confia-nele/

https://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/governo/as-diarias-de-tuma-jr/

https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-silencio-da-oposicao-podera-abencoar-o-pecador-debochado-2/

https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/tuma-junior-nao-pode-continuar-no-gabinete-que-desonrou/

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-hora-dos-falastroes-presidente-da-oab-sp-defende-permanencia-de-tuma-jr-no-cargo/

https://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tuma-junior-levou-mafioso-chines-viagem-oficial

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/caiu-ministerio-da-justica-diz-que-tuma-jr-vai-se-licenciar-do-cargo/

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/tuma-jr-tenta-empregar-genro-reprovado-em-concurso/

https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/sanatorio-geral/delegado-sem-rumo/

https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/empresa-doou-r-50-mil-para-tuma-junior/

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Tuma no Dops é a primeira mentira do “livro-bomba”

10/12/2013 08:47

 

247 – No dia 19 de abril de 1980, quando, às seis da manhã, o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em sua casa, em São Bernardo, e levado para o Dops, em São Paulo, onde passaria os 31 dias seguintes, o autor do chamado 'livro-bomba', pela revista Veja, contava com 16 anos e seis meses de idade. Romeu Tuma Jr., filho do então delegado Romeu Tuma, só completaria 17 anos em 4 de outubro daquele ano. Para a maioridade ainda faltavam para ele, na ocasião da prisão de Lula, um ano e sete meses. Todos sabem que só se pode entrar para o serviço público, em qualquer categoria, com um mínimo de 18 anos de idade.

A pergunta que o tal 'livro-bomba' propagandeado por Veja não responde é: como conseguiu, ainda imberbe aos 16 anos e seis meses idade, o jovem Romeu Tuma Jr. saber por ele próprio, como afirma no livro e em entrevista, que Lula fora um colaborador da ditadura?

Tuminha, como o policial é conhecido – também alcunhado pela própria Veja, anos atrás, como "muambeiro" e "meliante" – seria um "gato", como é conhecido o jogador de futebol que mente a idade para atuar em categorias de base, mas às avessas? Ou seja, em lugar de mentir para menos a sua própria idade, teria mentido para mais a fim de se tornar, como disse, "investigador subordinado" do Dops chefiado por seu pai e sair por aí armado e com título de autoridade policial? Isso o livro não esclarece.

À altura de sua prisão, Lula era visto como o adversário número 1 da ditadura militar. Não havia o menor diálogo entre as duas partes. Afinal, desde 1977, quando os metalúrgicos da Scania, em São Bernardo, pararam suas máquinas e cruzaram os braços dentro do próprio chão da fábrica, Lula era a imagem da radicalização.

Pode-se imaginar, com grandes doses de criatividade, que Lula, ao entrar para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo, em 1972, tivesse alguma interface com agentes do regime militar. O então presidente da entidade, Paulo Vidal, era considerado um pelego – e bem poderia confirmar ou desmentir informações procuradas pelo integrantes do regime. Mas Lula? Ele que decidiu entrar para o sindicalismo e a política depois de saber que seu irmão mais próximo, Frei Chico, fora torturado quase até a morte pelos agentes da repressão? 

Em 1972, Tuminha, o autor do, repita-se, do 'livro-bomba', tinha então 9 anos de idade. Quando seus amiguinhos deveriam estar brincando de polícia e bandido, pelo jeito ele já carregava um distintivo de verdade no peito para sair ao lado do pai, o Tumão, em diligências atrás de comunistas e que tais. Isso é plausível?

Tumão, como se sabe, morreu em 2010. Ele não pode, assim, contar a sua versão, a não ser que Tuminha consiga algum meio de colher seu depoimento, como dizem os policiais. 

Acreditar nessa possibilidade, assim como crer que Tuminha, já aos 16 anos, frequentava os salões da repressão do Dops, é dar crédito demasiado a um personagem que, no papel de chefe da área federal contra o contrabando, foi flagrado negociando um salvo-conduto para um dos maiores contrabandistas do País, Li Kwok Kwen, o chinês que controla o contrabando de produtos piratas em São Paulo.

Antes do conluio com o chefe do contrabando, também pego no pulo, Tuminha fez da Secretaria Nacional de Justiça uma central de favores para amigos e parentes, tentando pilotar, inclusive, uma vaga na burocracia para a namorada de um amigo.

Menos do que ter conteúdo de verdade, o livro que Tuminha publica é, fora de dúvida, uma pronta e acabada vendeta contra o mesmo Lula que lhe deu um cargo de prestígio na máquina federal e teve de removê-lo de lá por péssimo comportamento.

E vinganças, como se sabe, não precisam da verdade para se concretizar. Uma mentira republicada em Veja pode ser dada como verdade - e o serviço está feito. É o que está em curso com o tal "livro-bomba". Um traque.

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O Evangelho segundo Mandela

07/12/2013 21:42
 
HISTÓRIA
O Evangelho segundo Mandela

Não podemos nos esquecer que países como Israel, EUA e Inglaterra apoiaram durante décadas o regime do apartheid. Se dependesse deles, Mandela teria morrido na prisão, a África do Sul ficaria afundada no caos e o mundo não teria a oportunidade de fabricar a lenda do novo Messias

por Alain Gresh

 

Um herói do nosso tempo”, afirmava o Courrier Internacional de junho de 2010. “Ele mudou a história”, valoriza ainda mais a revista Le Nouvel Observateur de maio de 2010. Acompanhadas de fotos de Nelson Mandela sorridente, essas duas capas são o testemunho de uma adoração quase unânime, a qual o filme Invictus, do diretor Clint Eastwood, levou à apoteose. Com a Copa do Mundo de futebol, se intensifica o culto ao profeta visionário que rejeitou a violência e guiou seu povo em direção a uma terra prometida onde vivem, em harmonia, negros, mestiços e brancos. O presídio de Robben Island, onde ele ficou encarcerado por 18 anos, passou a ser lugar de visitação obrigatória para turistas estrangeiros, e lembra um passado um pouco nebuloso, do tempo em que oapartheid desonra e suscita condenação universal, em primeiro lugar, a dos democratas ocidentais.

Cristo foi morto na cruz há aproximadamente dois mil anos. Muitos pesquisadores se perguntam sobre a correspondência entre o Jesus dos Evangelhos e o Jesus histórico. O que conhecemos da vida terrestre do “filho de Deus”? De quais documentos dispomos para definir sua pregação? Os testemunhos resgatados no Novo Testamento são realmente confiáveis?

Diante de tantas questões, podemos presumir que é mais fácil definir o “Mandela histórico”, já que temos um Evangelho escrito por seu próprio punho1, além de várias testemunhas diretas. A lenda Mandela pareceria, então, um tanto quanto distante da realidade, como essa do Jesus dos Evangelhos, uma vez que seria intolerável admitir que o novo messias tivesse sido um “terrorista”, “aliado dos comunistas” e da União Soviética (aquela do “gulag”), um revolucionário determinado.

O Congresso Nacional Africano (CNA), aliado estratégico do partido comunista sul-africano, se lançou na luta armada, em 1960, depois do massacre em Sharpville, que deixou dezenas de mortos entre os negros que protestavam contra o sistema de pass(espécie de passaportes internos do país). Mandela, até então adepto da luta legal, acabou persuadido: jamais a minoria branca renunciaria pacificamente ao seu poder, às suas prerrogativas. Tendo, num primeiro momento, privilegiado as sabotagens, o CNA utilizou também, de maneira limitada, a arma do “terrorismo”, não hesitando em colocar algumas bombas em cafés.

Preso em 1962 e condenado, Mandela rejeitou, a partir de 1985, várias ofertas de libertação em troca da sua renúncia à violência. “Sempre é o opressor, e não o oprimido, quem determina a forma da luta. Se o opressor utiliza a violência, o oprimido não tem outra escolha do que responder com violência”, escreve ele em suas Memórias. E somente a violência, apoiada por mobilizações populares crescentes e sustentada por um sistema internacional de sanções cada vez mais coercitivas, pôde, com o passar do tempo, demonstrar a ineficiência do sistema repressivo e levar o poder branco ao arrependimento moral. Com o princípio “um homem, uma voz”, Mandela e o CNA souberam então mostrar flexibilidade na implementação da “sociedade arco-íris” e nas garantias concedidas à minoria branca.

A estratégia do CNA se beneficiou do apoio material e moral da União Soviética e da “facção socialista”. Vários dos seus dirigentes foram formados e treinados em Moscou e Hanói. O combate se estendeu por toda a África Austral, onde o exército sul-africano tentou estabelecer sua hegemonia. A intervenção das tropas cubanas em Angola, em 1975, e as vitórias que alcançaram, especialmente em Cuito-Cuanavale, em janeiro de 1988, contribuíram para desestabilizar a máquina de guerra do poder branco. A batalha de Cuito-Cuanavale constituiu, segundo Mandela, “um momento decisivo na libertação do nosso continente e do meu povo2”. Anos depois, em 1994, Fidel Castro foi um dos convidados de honra na posse de Mandela na presidência.

No choque entre a maioria da população e o poder branco, os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a França (esta última até 1981) combateram do “lado errado”, o lado dos defensores do apartheid, em nome da luta contra o perigo comunista. Chester Croker, principal homem da política de “compromisso construtivo” do presidente Ronald Reagan na África Austral, escreveu à época: “Por sua natureza e história, a África do Sul faz parte da experiência ocidental e é parte integrante da economia ocidental”. Washington, que tinha apoiado Pretória em Angola, em 1975, não hesitou em contornar o embargo sobre as armas e colaborar estreitamente com os serviços de informação sul-africanos, rejeitando qualquer medida coercitiva contra o poder branco. Esperando uma evolução gradual, a maioria negra teve que adotar uma postura moderada.

Em 22 de junho de 1988, 18 meses antes da libertação de Mandela e da legalização do CNA, o subsecretário do Departamento de Estado americano, John C. Whitehead, ainda explicou para a comissão do Senado: “Nós devemos reconhecer que a transição para uma democracia não racial na África do Sul tomará inevitavelmente mais tempo do que gostaríamos”. Ele pretendia que as sanções não tivessem nenhum “efeito desmoralizador sobre as elites brancas” e que penalizassem, em primeiro lugar, a população negra.

No último ano do seu mandato, Ronald Reagan tentou uma última vez – e sem sucesso – impedir o Congresso americano de punir o regime do apartheid. Foi na época em que ele celebrava “os combatentes da liberdade” afegãos e nicaraguenses e denunciava o terrorismo do CNA e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Terroristas?

O Reino Unido não ficou de fora; o governo de Margaret Thatcher recusou qualquer encontro com o CNA até a libertação de Mandela, em fevereiro de 1990. Na reunião internacional do Commonwealth em Vancouver, Canadá, em outubro de 1987, ela se opôs à adoção de sanções. Interrogada sobre as ameaças do CNA em prejudicar os interesses britânicos na África do Sul, respondeu: “Isso mostra o quão banal é esse grupo terrorista [CNA]”. Nesse período, a associação de estudantes conservadores filiados ao seu partido, distribuiu panfletos proclamando: “Enforquem Nelson Mandela e todos os terroristas do CNA! São carniceiros”.

Agora, em 2010, o novo primeiro-ministro conservador, David Cameron, decidiu enfim se desculpar por esse comportamento. Mas, rapidamente, a imprensa britânica refrescou sua memória, lembrando que ele mesmo foi à África do Sul, em 1989, a convite de um lobbyantissanções.

Já Israel permaneceu até ao fim como aliado indefectível do regime racista de Pretória, fornecendo-lhe armas e ajudando em seu programa militar nuclear e de mísseis. Em abril de 1975, o atual presidente israelense, Shimon Peres, então ministro da Defesa, assinou um acordo de segurança entre os dois países. Um ano mais tarde, o primeiro-ministro sul-africano, Balthazar J. Vorster, antigo simpatizante nazista, foi recebido com todas as honras em Israel. Os responsáveis pelos dois serviços de informação se reuniam anualmente e coordenavam a luta contra “o terrorismo” do CNA e da OLP.

E a França? Bem, aquela do general De Gaulle e de seus sucessores de direito teceu relações tranquilas com Pretória. Numa entrevista publicada no Nouvel Observateur, Jacques Chirac se glorificava do seu antigo apoio a Mandela. Ele tem, assim como muitos políticos da direita, memória curta. Primeiro-ministro em 1974 e 1976, Chirac sancionou, em junho de 1976, o contrato com a Framatome para a construção da primeira central nuclear na África do Sul. Nessa ocasião, o editorial do Le Monde observou: “A França está em curiosa companhia entre o pequeno pelotão de parceiros julgados ‘de confiança’ por Pretória”. “Viva a França. A África do Sul se torna uma potência atômica”, dizia na ocasião o jornal sul-africano Sunday Times. Se, claramente sob pressão dos países africanos, Paris decidiu, em 1975, não vender mais armas diretamente à África do Sul, a França honrou por muitos anos ainda os contratos em andamento, enquanto seus blindados Panhard e helicópteros Alouette e Puma eram construídos localmente com a devida autorização.

Apesar do discurso oficial de condenação ao apartheid, Paris manteve, até 1981, várias formas de cooperação com o regime racista. Alexandre Marenches, o homem que dirigiu o serviço de documentação exterior e de contraespionagem (SDECE) entre 1970 e 1981, resume a filosofia da direita francesa: “O apartheid é, certamente, um sistema que devemos lastimar, mas é preciso fazê-lo evoluir calmamente”3. Se o CNA tivesse escutado seus conselhos de “moderação” (ou aqueles do presidente Reagan), Mandela teria sido morto na prisão, a África do Sul teria se afundado no caos e o mundo não teria a oportunidade de fabricar a lenda do novo messias.

 

Alain Gresh é jornalista, do coletivo de redação de Le Monde Diplomatique (edição francesa).

Ilustração: Daniel Kondo


“1Long walk to freedom, Little Brown, Estados Unidos, 1995.

2 Ronnie Kasrils, “Turning point at Cuito Cuanavale”, 23 de março de 2008, www.iol.co.za/.

3 Christine Ockrent, Alexandre de Marenches, Dans le secret des princes (Dentro do segredo dos príncipes), Stock, Paris, 1986.

 

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A empresa da Globo no Panamá!

06/12/2013 10:07
Miguel do Rosário
MIGUEL DO ROSÁRIO
Já que a Globo, por causa do hotel onde Dirceu irá trabalhar, está tão interessada nas empresas do Panamá, seria bom aproveitar a viagem e explicar ao distinto público porque os irmãos Marinho figuraram como diretores de uma firma naquele país

 

Do blog O Cafezinho

Já que a Globo, por causa do hotel onde Dirceu irá trabalhar, está tão interessada nas empresas do Panamá, seria bom aproveitar a viagem e explicar ao distinto público porque os irmãos Marinho figuraram como diretores de uma firma naquele país. Trata-se da Chibcha Investment Corporation, presidida por José Manuel Aleixo.

 



Os irmãos Marinho, todo mundo conhece. Vamos ver quem são os outros.

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Miguel Coelho Netto Pires Gonçalves é hoje diretor-executivo da Fides Ações. Iniciou sua carreira no mercado financeiro em 1979 como Diretor do Banco do Estado do Rio de Janeiro – Banerj. Possui vasta experiência na área de finanças corporativas, na qual atuou como Superintendente Executivo da área administrativo-financeira da TV Globo de 1980 a 1991, e, posteriormente, como Superintendente Executivo da Globopar, de 1991 a 1994. Foi sócio responsável pela idealização e criação do Banco ABC-Roma e participou do conselho de diversas empresas como: Editora Globo, NEC do Brasil, Seguradora Roma e Globo Agropecuária.

Esta parece ser a figura chave para se entender a razão de ser desta empresa panamanenha. Em julho deste ano, o blog do Mello, publicou um post no qual ele é citado.

Nenhuma outra quadrilha lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo' – O Pasquim

A edição de 29 de setembro de 1983 do jornal carioca O Pasquim não fez por menos. Chamou o então presidente das Organizações Globo Roberto Marinho de "o maior assaltante de bancos do Brasil".

"Nos dias 28 de fevereiro e 29 de maio de 1980, sem nenhum registro na crônica policial, foram praticados os dois maiores assaltos a banco da história do Brasil. Em duas operações distintas, o grupo do Sr. Roberto Marinho levantou no Banerj, a juros de dois por cento ao mês, a importância de 449 milhões e 500 mil cruzeiros [aproximadamente US$ 613 mil, BdoM]".

Na reportagem, O Pasquim demonstrou que, caso Roberto Marinho sacasse o dinheiro na boca do caixa e fizesse uma aplicação financeira no próprio Banerj receberia US$ 3 milhões, em valores da época.

"Nenhuma outra quadrilha, inclusive movimentos terroristas, lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo. Só no Banerj expropriou um bilhão e oitocentos milhões de cruzeiros. Em retribuição, Roberto Marinho levou toda a diretoria do Banerj para trabalhar na Globo: Miguel Coelho Neto Pires Gonçalves, Diretor Superintendente do Banerj virou Superintendente da Rede Globo; Antônio Carlos Yazeji, Paulo Cesar da Silva Cechetti e Pedro Saiter (ex-vice-presidente, ex-diretor, ex-gerente geral, todos do Banerj) foram agraciados com pomposas diretorias na Rede Globo." [Fonte]

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Harry Strunz, aparentemente, é o herdeiro de uma empresa importadora situada no Panamá, especializada em importar produtos norte-americanos.

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O presidente da firma, Jose Manuel Aleixo, foi diretor financeiro da Globo.

 

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A ICAZA, GONZALEZ-RUIZ & ALEMAN é uma firma de advocacia que prestou consultoria para a firma.

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Pelo que entendi dos documentos, a empresa foi criada em 1985, logo após o fim da ditadura e dissolvida em 1995, quando o governo FHC assume o poder.

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Domingo Diaz Arosemena é, certamente, o herdeiro de um famoso político panamenho, de mesmo nome, conhecido por ter assumido a presidência da república em 1948 após uma eleição notoriamente fraudada.

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Rodolfo Ramon Chiari Correa é/era presidente da Hercules Entreprise, Inc, empresa sediada no Panamá, aparentemente também já dissolvida. Número da ficha da empresa no site de Registro Público do Panamá: 336763.

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Talvez não haja nada de ilegal na presença dos irmãos Marinho no quadro diretivo de uma empresa do Panamá. No entanto, como eles são proprietários da mais importante concessão pública de TV do país, creio que é de interesse jornalístico saber em que eles estão investindo no exterior. Ainda mais considerando que, alguns anos depois, os mesmos personagens protagonizaram uma tremenda fraude nas Ilhas Virges Britânicas, ao usarem um artifício ilegal para não pagar imposto de renda.

Além do mais, se a imprensa está tão interessada nos donos de um hotel desconhecido de Brasília, só porque Dirceu vai trabalhar lá, a ponto de viajar ao Panamá para descobrir quem é o presidente da empresa proprietária do hotel, bem poderia usar o mesmo esforço para levantar mais informações sobre os negócios no Panamá da família mais rica do país.
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Os documentos estão no site de Registros do Governo do Panamá. Eu entrei, baixei e publico abaixo:

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Luta da oposição para sobreviver pode ir da sabotagem à vilania

06/12/2013 09:55

Luta da oposição para sobreviver pode ir da sabotagem à vilania

publicado em 5 de dezembro de 2013 às 9:39

04/12/2013 – Copyleft

A sina da oposição: sobrevivência e terrorismo

por Jeferson Miola, na Carta Maior, enviado por e-mail

A oposição não se dará por vencida, e poderá promover um terrorismo político, econômico, moral e midiático jamais visto na política brasileira.

Depois da incandescência das ruas em junho, análises apressadas pintavam um cenário de terra arrasada para a Dilma. Foi incrível a seletividade de determinados analistas, que alardeavam o pior dos mundos para a Presidenta, mas omitiam que a insatisfação era generalizada e difusa, e abarcava todo o sistema político, a política, os governos e os políticos.

Passado o rescaldo daqueles acontecimentos, sucessivas pesquisas de opinião indicam um ambiente de melhora do desempenho eleitoral de Dilma. Em todas as simulações — de todos os institutos de pesquisa –, a Presidenta ostenta considerável chance de reeleição, inclusive no primeiro turno.

A oposição, entretanto, segue colecionando dificuldades. Para ela, o cenário mais alentador é, curiosamente, aquele no qual figuram as “candidaturas-sombras” de Marina Silva e José Serra. Os até agora “candidatos titulares” Eduardo Campos e Aécio Neves peleiam com seus fantasmas para manterem suas candidaturas, podendo chegar em 2014 menores do que são hoje.

A potencial reeleição de Dilma, que culminaria um ciclo de 16 anos de governos dirigidos pelo PT, levará o reacionarismo capitaneado pelo PSDB, PPS e DEM ao ocaso. Com sua visão de um país arcaico, excludente e colonizado, aqueles partidos perdem a capacidade de interpretação e de aderência ao Brasil contemporâneo. A profecia deles, do “fim da raça”, finalmente terá se realizado; porém, com as setas invertidas – em desfavor deles mesmos.

Nesse contexto, a candidatura do Aécio é tão sólida quanto a chance de se converter em pó. O PSDB, pela primeira vez na trajetória do partido, enfrenta a perspectiva real de uma derrota acachapante no próximo ano. Para os tucanos [mas também para seus satélites PPS e DEM], a eleição de 2014 terá como prioridade a sobrevivência partidária e a preservação dos espaços de poder ameaçados de mudar de guarda.

Não se pode descartar, por isso, a hipótese da candidatura presidencial de José Serra em lugar da de Aécio. Alckmin e Aécio teriam, assim, a função de proteger a jóia da coroa do PSDB: os governos de SP e MG. Aliás, uma tarefa difícil, para quem terá de se explicar sobre escândalos escabrosos: cartel do metrô e o genuíno mensalão.

Adicionalmente, outros dois espectros rondam as eleições. O primeiro, de nome Joaquim Barbosa. Sua candidatura, se confirmada, materializaria eleitoralmente o bloco de poder conformado pela mídia conservadora e setores reacionários do Judiciário. É esse bloco que, na realidade, agenda e articula o combate ideológico ao PT e ao governo Dilma, substituindo os partidos da direita, que estão aos frangalhos e minguando sua audiência na sociedade.

Não existe espaço no Brasil contemporâneo para uma nova farsa do gênero “caçador de marajás”. A Rede Globo não conseguirá converter Joaquim Barbosa em um santo; aliás, um Ministro adepto de manobras fiscais para investir em Miami. O império da família Marinho não conseguirá construir essa nova mitificação da política brasileira, como fez com Fernando Collor em 1989 para derrotar Lula.

A opção Joaquim será calculada não pela aspiração de vitória com ele, mas como variável para levar a eleição para o segundo turno. O contexto proclive para a ocorrência de segundo turno é aquele que apresenta na cédula eleitoral os nomes de Dilma, Serra, Marina e Joaquim. O justiceiro, jacobino, vingativo, exemplar e inexpugnável Barbosa seria um veículo para se tentar barrar a reeleição direta de Dilma.

O outro espectro que ronda a próxima eleição de 2014 atende pelo nome de Lula.

Com considerável insistência é cogitada a candidatura dele em lugar da de Dilma; insinuação que se propaga na base de apoio do governo, nos meios empresariais, no sistema financeiro e junto a setores militantes. Os pretextos são uníssonos, tanto dentro como fora do PT: a heterodoxia econômica e o estilo da Presidenta.

Embora o próprio Lula rechace, essa insinuação paira no ar como uma bruma, fomentada na mídia pelas manjadas “fontes próximas ao ex-Presidente”.

É problemático esse procedimento, porque involuntariamente [ou deliberadamente?] expõe Dilma a tensões conservadoras [e inclusive regressivas] na definição do programa e no perfil do eventual segundo governo. Porém, ao mesmo tempo, não deixa de ser cômodo para o governo – e terrível para a oposição — saber que pode contar com um suplente eleitoralmente insuperável, caso a conjuntura econômica e política degringole.

Hoy por hoy — como se diz em castelhano –, a perspectiva é desalentadora para a oposição conservadora, que vive o dilema de tentar sobreviver enfrentando uma tendência de derrota e de definhamento de sua representação política. A realidade para a direita é tão mais dramática quanto mais evidente é a obsolescência programática e a incapacidade de oferecer uma visão generosa de futuro para um país que, não sem importantes limites e contradições, finalmente passou a ingressar na modernidade.

Devemos nos preparar para uma conjuntura complicada até as eleições de 2014. A oposição não se dará por vencida, e poderá promover um terrorismo político, econômico, moral e midiático jamais visto na política brasileira. Não se pode menosprezar a capacidade de sabotagem, de difusão de ódio e a vilania deles nessa luta derradeira de sobrevivência. Eles querem sequestrar o Brasil dos brasileiros.

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Os efeitos políticos de novos protestos de rua em 2014

03/12/2013 16:29
Eduardo Guimarães
EDUARDO GUIMARÃES
Quem seria o principal prejudicado pela reedição da catarse de junho, só que em pleno ano eleitoral? Quem governa, claro

 

Estamos a menos de um mês do ano eleitoral de 2014 e, até aqui, ainda não houve uma discussão profunda sobre o que pode ocorrer caso os interesses políticos e econômicos que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas de todo o país em junho último consigam reeditar, naquele mesmo ano eleitoral, uma catarse que resultou em nada.

E o que é pior – ou melhor, para alguns – é que já existe um mote para levantar um novo movimento de massas análogo ao deste ano: a Copa do Mundo.

Em junho, sob o mote de impedir pequenas altas no preço das passagens de ônibus, metrô e trens de subúrbio – altas literalmente irrisórias, mas que induziram muitos a crer que seriam um castigo insuportável para a população –, conseguiu-se manipular a opinião pública a um ponto tão impressionante que parecia que estava sendo reeditada, por aqui, a “Primavera Árabe” – ou seja, a luta dos povos árabes para se libertarem de ditaduras longevas e cruéis.

Agora imaginemos quanto se pode fazer com uma matéria-prima como a Copa…

De fato, o país está gastando muito com a Copa. Mas é isso o que se tem que fazer para ganhar: há que gastar para, depois, obter o retorno – em turismo, em movimentação da economia e, ainda, deixando, após o evento, toda estrutura edificada para recebê-lo.

Contudo, em um país em que ainda vicejam tantos dramas sociais, em um país no qual falta dinheiro para Saúde, para Educação, para saneamento básico etc., é simples demonizar um evento como o que o país sediará em 2014 – ainda que o grosso dos gastos esteja a cargo do setor privado e que eles sejam precursores de lucro que o país irá auferir por tê-los feito.

Todas as estratégias políticas dos candidatos aos mais diversos cargos no Executivo e no Legislativo estão sendo traçadas sob um quadro de normalidade democrática. Desde a redemocratização do país, jamais tivemos uma eleição em que massas imensas foram às ruas protestar.

Quem seria o principal prejudicado pela reedição da catarse de junho, só que em pleno ano eleitoral? Quem governa, claro. Mas não só. Além de novos protestos poderem se tornar fatais para governadores e para a presidente da República, os candidatos ao Legislativo e seus partidos também serão afetados.

Nesse aspecto, uma carta de leitor publicada na quarta-feira em um dos jornais alinhados com a oposição ao governo Dilma Rousseff (a Folha de São Paulo) repete uma constatação que já se fez nesta página.

—–

O Datafolha acaba de mostrar que Dilma sobe em todos os cenários e que a oposição encolhe. Chego à triste conclusão que aquelas manifestações de junho aconteceram no ano errado. Deveriam ter eclodido em 2014, às vésperas das eleições, quando o governo não teria tempo hábil para reagir.

Ronaldo Gomes Ferraz (Rio de Janeiro, RJ)

—–

Alguns argumentarão que governantes de todos os partidos foram afetados pelos protestos de junho, mas não é bem assim. Em primeiro lugar, a perda de popularidade que afetou, por exemplo, Dilma, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad – só para ficarmos nos governantes mais importantes do país – atingiu muito mais aos petistas do que ao tucano.

Matéria da Folha de São Paulo sobre pesquisa Datafolha publicada em 1º de julho deste ano mostra que o prejuízo de imagem que os protestos do mês anterior causaram aos partidos da base aliada do governo Dilma e à titular desse governo foi bem maior do que os prejuízos que sofreram políticos da oposição demo-tucana.

—–

FOLHA DE SÃO PAULO

1º de julho de 2013

Após protestos, aprovação de Dilma, Alckmin e Haddad cai

Presidente perde 27 pontos, Governador perde 14 e prefeito, 16; Cabral e Paes também são afetados

Índice dos que acham gestão paulistana ruim ou péssima sobe de 21% para 40% em três semanas, diz Datafolha

DE SÃO PAULO

Não foi apenas a popularidade da presidente Dilma Rousseff que acabou corroída pela onda de protestos que tomou o país.

O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e ainda dos prefeitos das duas maiores cidades: Fernando Haddad (PT), o titular da capital paulista, e Eduardo Paes (PMDB), da capital fluminense.

Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada.

A aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas –Dilma perdeu 27 pontos no mesmo período. Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.

Na semana do auge dos protestos, Alckmin foi criticado pelo comportamento da Polícia Militar, que num primeiro momento agiu com violência durante passeatas e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.

O Estado também administra tarifas dos trens e do metrô, que também subiram, mas, mediante a pressão das ruas, acabaram tendo o reajuste cancelado.

Abalo ainda maior foi sentido por Haddad, cuja administração tem só seis meses.

Seu índice de aprovação caiu 16 pontos em três semanas, de 34% para 18%. A reprovação do petista (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%.

Haddad se expôs no enfrentamento ao Movimento Passe Livre. No início, disse que não havia margem para negociação. Insistia no argumento de que as passagens de ônibus haviam subido abaixo da inflação. No fim, cedeu.

Na série histórica, a rejeição de Haddad é equivalente às de Jânio Quadros (43%), Marta Suplicy (42%) e Paulo Maluf (41%), quando se trata do mesmo período de gestão.

A aprovação também é parecida com as de outros ex-prefeitos. Em junho de 1986, Jânio tinha 16%. Em 1989, Luiza Erundina marcou os mesmos 16%. Maluf, o prefeito seguinte, fez 20%. Em junho de 2007, Celso Pitta tinha 19%. Quatro anos depois, Marta alcançou 20%. José Serra obteve 30% em julho de 2005.

O único que destoa é Gilberto Kassab, que antecedeu Haddad, com 46%.

Ao longo dos dias de protesto, os paulistanos foram ficando menos críticos com Alckmin e Haddad.

Em 18 de junho, 51% avaliavam o desempenho de Alckmin diante dos protestos como ruim ou péssimo. Esse índice caiu para 39% dia 21 de junho. E voltou a cair na última pesquisa, para 33%.

Com Haddad ocorreu o mesmo, mas em intensidade menor. A má avaliação de seu comportamento era compartilhada por 55%. Caiu para 50%. E depois para 44%.

RIO

Depois de atingir o pico de sua popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos.

No levantamento de sexta-feira, após seis anos e meio de mandato, ele obteve 25% de ótimo e bom, a menor pontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.

Cabral foi alvo dos manifestantes, que acamparam na frente de seu apartamento.

A imagem do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sai igualmente lesada.

Desde agosto de 2012, seu índice de aprovação caiu de 50% para 30%. A desaprovação fez a trajetória inversa. Subiu de 12% para 33%.

(RICARDO MENDONÇA)

—–

Note, leitor, que hoje, enquanto Dilma recuperou apenas parte da aprovação, segundo o último Datafolha, Alckmin, que caiu muito menos do que ela durante os protestos, já se refez quase totalmente. E Fernando Haddad nem se recuperou.

O mais interessante é que os protestos de junho foram tonificados pela truculência da polícia militar comandada por Alckmin. Antes de um verdadeiro massacre de manifestantes na avenida Paulista em meados de junho, o Movimento Passe Livre reunira um protesto até considerável, mas restrito quase que só a São Paulo e que não assustava ninguém.

Aquela violência policial fez o movimento se espraiar, levando mais de um milhão de pessoas às ruas de todas as partes do país. O que se poderia esperar, portanto, é que Alckmin e seu partido sofressem mais com aqueles protestos do que os seus adversários, mas foi o contrário. O partido que passou a ser hostilizado nas ruas foi, precipuamente, o PT.

Daí se pode imaginar a quem interessa que, ano que vem, sejam reeditados aqueles movimentos de massa sob a desculpa da Copa do Mundo, mas, obviamente, visando o processo eleitoral.

Quem teve o domínio do fato dos protestos de junho deste ano foram o PSOL e o PSTU sob a batuta de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e de José Serra (PSDB), sendo que o tucano, após a pesquisa que mostrou a monumental queda de Dilma na pesquisa citada acima, foi levado, em triunfo, ao programa Roda Viva para ser ovacionado por sua jogada “genial” – ou diabólica, como preferirão alguns.

Não é segredo para ninguém que os partidos de oposição que situam-se à esquerda do governo Dilma preferem mil vezes um Aécio Neves ou um José Serra ou um Eduardo Campos no Palácio do Planalto a uma Dilma. Esses partidos dificilmente colherão um benefício pessoal, mas consumarão a vendeta antilulista e antipetista que há anos os move politicamente.

Contudo, tampouco se pode desconsiderar que há, sim, gente boa, idealista e decente tanto no PSOL quanto no PSTU ou em qualquer partido de oposição à esquerda. Assim, para não dizerem que não propus nada, aqui, e para evitar que as eleições sejam alvo de uma trapaça como um movimento eleitoreiro que pode eclodir, indico esse caminho.

Recentemente, fiquei encantado com a postura do deputado Jean Wyllys, do PSOL. Durante o linchamento de José Genoino e de seus companheiros nas redes sociais, de uma forma impressionantemente corajosa ele se opôs ao que estavam fazendo sobretudo seus próprios correligionários. Há, sim, gente séria nesses partidos de esquerda.

Tais partidos, porém, por falta de visão ou por má fé mesmo consideram que não há diferença entre o PT e o PSDB e, assim, tanto faz um quanto o outro no poder. E se conseguirem desencadear novos protestos, um PSOL poderia passar de 3 deputados e um senador no Congresso para, quem sabe, 6 deputados e 2 senadores, se tanto.

O que proponho, pois, é uma aproximação de lideranças petistas com as lideranças lúcidas da oposição à esquerda para convencê-la a parar de fazer o jogo de uma direita que, se retomar o poder, será nefasta também para movimentos sociais que agem em consonância com esses partidos, pois a volta da direita demo-tucana ao poder seria uma catástrofe.

Fica, aqui, o aviso – com antecedência mais do que suficiente: desencadear protestos em 2014 sob desculpa de combater a Copa do Mundo e “gastos” que já terão sido feitos só irá beneficiar a direita. PSOL e PSTU – e os petistas e esquerdistas em geral que apoiaram os protestos de junho – têm que pensar o Brasil acima de suas idiossincrasias.

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OPERAÇÃO ''BARBOSA''

03/12/2013 16:01

Eleições 2014

Aécio despenca e Dilma volta a crescer; mas “Operação Barbosa” também avança

publicada domingo, 01/12/2013 às 23:30 e atualizada segunda-feira, 02/12/2013 às 16:46

 

Qual a cara da oposição em 2014?

por Rodrigo Vianna

A semana que passou trouxe dois petardos contra a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). Um veio do céu: o helicóptero apreendido com 450 quilos de pasta de cocaína gerou muita tensão entre os tucanos de Minas. Emissários de Aécio procuraram gente de todas as legendas, inclusive de partidos aliados de Dilma, pedindo que o caso não fosse explorado na guerra política. O deputado estadual Perrelinha e o pai dele, senador Perrela, são muito próximos de Aécio. O mais novo (Perrelinha) integraria o círculo de jovens festeiros (mais festeiros do que jovens) que costumam se reunir em torno do presidenciável tucano. Não é à toa que a mídia velhaca tenha tratado o caso do “helipóptero” com extrema discrição: sabe-se do potencial destrutivo dessa história contra o homem que hoje é o líder (cada vez mais enfraquecido) da oposição.

A outra má notícia para Aécio veio das pesquisas eleitorais. O “DataFolha” mostrou uma candidatura frágil, a tal ponto que Joaquim Barbosa ficou à frente de Aécio numa das simulações feitas pelo instituto.

Curioso: o “DataFolha” testou o nome de Barbosa apenas no cenário com Aécio e Campos. Mas não testou Barbosa ao lado de Serra. Hum… O presidente do STF ultrapassaria também Serra? Não sabemos. A “Folha”, aparentemente, contentou-se em constranger Aécio; mas livrou a cara de Serra – velho amigo do jornal da Barão de Limeira.

Ligações e hábitos perigosos

A pesquisa cai como uma luva para as pretensões serristas. Gera mais desconfiança nas hostes tucanas com o nome de Aécio. Valeria a pena insistir com ele? Não seria melhor mandar Aécio cuidar do quintal político em Minas, deixando a candidatura presidencial tucana com Serra? E a apreensão do “helipóptero” aponta na mesma direção: não seria arriscado ter como candidato um homem com tanto telhado de vidro?

A pesquisa do “DataFolha” é, também, o segundo passo da Operação Barbosa, desencadeada em 15 de novembro (sobre isso, escrevemos aqui). Ah, mas Barbosa aparece com “apenas” 15% dos votos no levantamento – e isso depois de semanas de exposição favorável na mídia, assumindo o papel de “justiceiro” do Brasil. Não é pouco? Não. 15% não é pouco. Barbosa, a essa altura, está exatamente do tamanho que interessa à oposição. 15% são mais do que suficientes como isca para o egocentrismo de Barbosa…

Claro que, numa campanha, Barbosa seria submetido ao contraditório, teria expostos seus telhados de vidro – que não são poucos. Mas quem disse que isso é um problema? Para o complexo tucano-midiático, Barbosa não surge como solução para “ganhar”. Basta justamente que ele tenha 15% a 20% dos votos. O justiceiro do STF pode cumprir exatamente o papel que coube a Marina em 2010: diante da pancadaria que se avizinha entre tucanos e petistas, os votos que o PSDB (com a máquina de boatos que conhecemos em 2010) conseguir retirar de Dilma não precisam ir para Serra (ou, vá lá, Aécio) num primeiro turno. Barbosa pode ser a Marina de 2014, ajudando a empurrar a eleição para um segundo turno…

Por isso, se a semana foi péssima para Aécio, ela foi apenas aparentemente boa para Dilma. A candidata petista voltou a subir no “DataFolha”, estaria perto de vencer num primeiro turno. Números enganosos. 2014 nos guarda uma campanha suja e duríssima: quem monitora as redes sociais sabe que se planeja nova onda de manifestações para a época da Copa. O quadro está longe de ser estável para Dilma.

A oposição não tem programa? Ora, o programa é terror eleitoral, moralismo barato e uma pitada de desordem nas ruas. Barbosa serviria como válvula de escape, para colher parte dos votos dos “indignados” e “apolíticos”.

Marcos Coimbra, na “CartaCapital” esta semana, revela que as pesquisas qualitativas apontam crescimento assustador do contingente de eleitores que rejeitam “tudo que está aí”. Parte desses “indignados” pode se dirigir a uma candidatura “por fora” do meio político – bem trabalhada pela mídia.

A essa altura, Aécio naufraga e Dilma tem um leve favoritismo. Mas o quadro está longe de ser estável. E a eleição, muito longe de estar decidida em favor da petista.

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Bom era quando o brasileiro morria 6 anos antes

03/12/2013 16:00

 

Publicado em 03/12/2013

Bom era quando o brasileiro
morria 6 anos antes

O PiG dá curso ao ódio do FHC ao Lula.

O Conversa Afiada teve a ousadia de comparar a esperança de vida no fim do Governo sombrio do Príncipe da Privataria com a luminosidade de dez anos depois: “Lula deu seis anos de vida ao brasileiro”.

Trata-se da notícia do levantamento anual sobre mortalidade e expectativa de vida do IBGE.

O dados são eloquentes: o governo Lulilma faz um estupendo trabalho no campo social.

(Como se sabe, o assim chamado Bolsa Família da D. Ruth não tinha cadastro: não se sabia quem recebia o que …)

O amigo navegante certamente não perdeu tempo a ler o PiG (*) desta terça-feira.

Não deve ler nunca, como faz este ansioso blogueiro por dever de ofício. (Clique aqui para ler “Aviso fúnebre”.)

No PiG não se destaca o aumento da expectativa de vida para 74,6 anos, nem se compara à do Príncipe.

Não !

Por unanimidade, os editores e “jornalistas” pigais – que, no Brasil, são piores que os patrões, como diz o Mino Carta – destacaram que a ampliação da esperança de vida reduzirá em 1,7% – 1,7% !!! – os proventos da aposentadoria.

Bom mesmo era quando o neolibelismo (**) fracassado matava o brasileiro seis anos antes !

Não é à toa que o FHC odeia tanto o Lula. (Clique aqui para ir à enquete “Por que o FHC odeia tanto o Lula ?”)


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

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Uma encrenca chamada Joaquim Barbosa

03/12/2013 09:11

Luis Nassif Online

Política

Uma encrenca chamada Joaquim Barbosa

sab, 30/11/2013 - 08:08 - Atualizado em 02/12/2013 - 15:04

Luis Nassif

Há um pensamento majoritário na opinião pública leiga e um consenso no sistema judicial – incluindo desembargadores, juízes, procuradores, advogados. O pensamento majoritário leigo é de que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa é um herói. O consenso no meio jurídico é que trata-se de um desequilibrado que está desmoralizando a Justiça e, principalmente, o mais alto órgão do sistema: o STF.

No seminário de dois dias sobre “Democracia Digital e a Justiça” – promovido pelo Jornal GGN – Barbosa foi a figura dominante nos debates e nas conversas.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, lembrou a cena da semana passada, na qual Barbosa acusou todo o tribunal de fazer “chicana” – na linguagem jurídica, malandragem para atrasar julgamentos. A única voz que se levantou protestando foi a do calado Teori Zavascki. Os demais recuaram, com receio da baixaria – o mesmo receio que acomete um cidadão comum no bar, quando entra um bêbado ou um alucinado distribuindo desaforos.

***

Hoje em dia, há um desconforto generalizado no meio jurídico com a atuação de Barbosa.

O Código da Magistratura proíbe que juízes sejam proprietários de empresas ou mantenham endereço comercial em imóveis funcionais. O órgão incumbido de zelar por essa proibição é o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Barbosa é a única exceção de magistrado que desobedeceu a essa obrigação. Ao mesmo tempo, é o presidente do STF e do CNJ. Como se pode tolerar essa exceção?

Se algum juiz federal abrir uma representação junto ao CNJ para saber se liberou geral, qual será a resposta do órgão? E se não abriu, como tolerar a exceção?

***

Outro princípio sagrado é o do juiz natural. Um juiz não pode ser removido de uma função por discordância com suas opiniões. Barbosa pressionou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal a remover o juiz da execução das penas dos condenados do “mensalão”, por não concordar com sua conduta.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma representação junto ao CNJ, não contra Barbosa – respeitando seu cargo de presidente do STF, mas contra o presidente do TJ do Distrito Federal. Se o CNJ acatar a representação, automaticamente Barbosa estará incluído. E como conviver com um presidente do STF que não respeita a própria lei?

Seu desrespeito a associações de magistrados, de advogados, aos próprios pares há muito ultrapassou os limites da falta de educação. Por muito menos, juizes foram cassados por tribunais por perda de compostura.

***

No fechamento do seminário, o decano dos juristas brasileiros, Celso Antônio Bandeira de Mello, falou duramente sobre Barbosa. “Dentre todos os defeitos dos homens, o pior é ser mau. Por isso fiquei muito irritado com o presidente do STF: é homem mau, não apenas pouco equilibrado, é mau”.

Na sua opinião, a maneira como a mídia cobriu as estripulias de Barbosa colocou em xeque a própria credibilidade dos veículos. “Como acreditar em quem dizia que Joaquim era o grande paladino da justiça e, agora, constata-se que é um desequilibrado? Devemos crer em quem?”.

***

O fato é que o show midiático na cobertura da AP 470 criou o maior problema da Justiça brasileira desde a redemocratização.

Ninguém do meio, nem seus colegas, nem os Ministros que endossaram seus votos, nem a própria mídia que o incensou, têm dúvidas sobre seu desequilíbrio e falta de limites.

Mas quem ousará mostrar a nudez de um herói nacional de histórias em quadrinhos?

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40 frases impagáveis do Barão de Itararé

02/12/2013 20:28
40 frases impagáveis do Barão de Itararé Um grande humorista ganhou uma biografia alentada, “Entre Sem Bater — A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” (Casa da Palavra, 480 páginas), de Cláudio Figueiredo. Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres....
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