Diante das profundezas

Diante das profundezas que esse mundo vem se enfiando... nesses meus dias de lamúria e tristeza aparente dei-me a observar a cidade e num instante fiquei abestalhado...Meu Deus a cidade de baixo é muito diferente da de cima ,quando olhas repentinamente.

Em baixo em asfalto frio e pessoas que desnorteadas acham que estão indo para algum lugar  dessa forma à tardinha quase ao anoitecer, refazem o caminho de volta, como não tivessem vindo.

E ao olhar com mais atenção para a cidade de cima,vejo restos do século passado,pendurado em edifícios suntuosamente bem pensados...

E numa frase que me vem de algum lugar e depois percebo que é ao meu lado , deparo-me com um grupo de jovens acompanhados por monitores que sempre olhando prá cima discorrem sobre o século passado e sua importância para os maratonistas do dia de trabalho.

Assim meio atordoado com aquilo que estava vendo , impressionante faço o mesmo caminho todo dia e só hoje pude perceber o quanto o segundo andar dos prédios representam o passado...

Assim sigo , com aquela realidade tão absurda e próxima da minha realidade...

Mais pessoas correndo atrasadas atrás do seu dia , outras tantas procurando e pela impressão que tive nem sabiam de fato o que procuram...

E mais , muito mais homens com mochilas nas costas,drogados , bêbados , perdidos...que não achavam nada . . . apenas caminhavam abolindo o tempo , a história, a vida.

Que mundo é esse meu Deus !

           XIKOFERREIRA 12/11/2013