DAS IMPUREZAS DA JUSTIÇA

Incoerências de Barbosa causam mal-estar no STF

09/01/2014 10:22
Ministros criticam a falta de critério objetivo do presidente do STF na AP 470, que antecipou férias e deixou a prisão de dois condenados em aberto; para um deles, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), apenas a exposição midiática do caso justificaria a demora para a expedição de um mandado de...
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Ministro do STF mantém supersalário da Câmara

08/01/2014 09:06
  Marco Aurélio decidiu suspender o corte de salário de um servidor da Casa que ganha acima do teto constitucional, de R$ 29.462,25, valor máximo pago aos servidores públicos; Mesa Diretora da Casa pode optar por estender os efeitos da decisão para todos os 1.371 servidores na mesma...
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Sem prender Jefferson, Barbosa antecipa férias

08/01/2014 09:05
  O discurso da falta de tempo, que Joaquim Barbosa usou com jornalistas ao responder por que a maioria dos condenados na Ação Penal 470 havia sido presa e Roberto Jefferson, que confessou ter recebido R$ 4 milhões para caixa 2 do PTB, ainda não, tem cada vez menos sentido; no último dia...
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La dolce vita de Demóstenes

08/01/2014 09:03
  Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, faz a comparação de dois casos da Justiça do País; enquanto o ex-senador Demóstenes Torres, flagrado mantendo relações com um chefe do crime organizado de Goiás, Carlos Cachoeira, e com diversas provas materiais contra ele, passa o Ano Novo na...
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Barbosa nega pedido de advogada cega no Rio

08/01/2014 09:02
Rio 247   Deborah Prates queria protocolar petições e documentos em papel até que os sites do Judiciário fossem plenamente acessíveis; em resposta, o ministro Joaquim Barbosa, afirmou em dezembro não haver razões suficientes para conceder a liminar; “o motivo explanado pela...
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A escolha de Carmen: ser juíza ou carrasca adjunta

08/01/2014 09:00
  Até agora, todas as execuções penais da Ação Penal 470, marcadas por abusos e arbitrariedades condenadas por juristas de renome, foram tomadas por um único homem: Joaquim Barbosa; como ele saiu de férias sem concluir seu "serviço", deixou para a ministra Carmen Lúcia o caso que envolve...
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João Paulo já decidiu: não vai renunciar ao mandato

07/01/2014 13:35
  Parlamentar mais votado do PT em 2010 e o quinto no estado de São Paulo, João Paulo Cunha (PT-SP) pretende continuar exercendo o mandado na Câmara dos Deputados, onde integra a Comissão de Constituição e Justiça; como seu regime é o semiaberto, ele avalia que poderá trabalhar e retornar...
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A classe média suicida 23 de maio de 2013 14:42 Autor: Fernando Brito

07/01/2014 12:25
Em 1942, jovem filósofo francês Valentin Feldman, integrante da Resistência Francesa, diante de um pelotão de fuzilamento formado por soldados do Governo de Vichy, aliado dos nazistas, gritou para seus algozes, segundos antes de eles dispararem: - Imbecis, é por vocês que vou morrer! O...
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JULGAMENTO DA REVOLUÇÃO POR ROBERTO MARINHO

07/01/2014 12:01
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Alberto Cantalice
ALBERTO CANTALICE
Em 2014 a disputa será dura. De um lado, os que querem que o Brasil siga avançando e de outro os que, em nome de uma suposta modernidade, representam a volta de um Brasil injusto e que ficou para trás

 

O círculo virtuoso iniciado em 2003, com a assunção do Presidente Lula no comando da nação, abriu para os setores populares e principalmente para àqueles brasileiros e brasileiras que durante séculos foram relegados à total exclusão e ausência de perspectivas, uma nova realidade.

Depois de dois mandatos consecutivos, ao passar a faixa presidencial para sua sucessora Dilma Rousseff, eleita por mais de 58 milhões de votos, Lula ancorado em mais de 80% de popularidade sai do Planalto para fazer história.

Após realizar grandes feitos tais como: o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família; dar início ao grandioso Programa de habitação popular, o Minha Casa, Minha Vida; criar centenas de escolas técnicas; quitar a dívida com o FMI; conceber o Prouni; implementar o programa Luz Para Todos e iniciar a transposição do rio São Francisco que levará água para 12 milhões de nordestinos que convivem desde o descobrimento com o drama da seca não foram suficientes para poupar o ex-presidente e seu partido o PT de sofrer a mais sorrateira e ignominiosa perseguição. Essa perseguição parte, notadamente, de setores da mídia e de uma elite mesquinha preocupada pura e simplesmente em manter privilégios que remontam à época das Casas Grandes e senzalas.

Arautos do caos. Esses setores trabalham diuturnamente para solapar direitos duramente conquistados pelas camadas populares. Adeptos da síndrome de vira-latas, tudo fazem para diminuir o sentimento de pujança nacional e de brasilidade.

Quem anda por esse Brasil e conhece suas entranhas vê claramente que o país que alguns propalam não é o Brasil real: imensas áreas das periferias das capitais convivem hoje com uma realidade que há pouco era inexistente. Fruto do dinamismo econômico e social que transformou meros lugarejos de outrora em cidades e bairros com comércios e serviços antes só vistos nos grandes centros.

Herdeira dessa herança bendita, a Presidenta Dilma vem dando prosseguimento ao trabalho de Lula e em muitos casos aprofundando-o. Vejamos: o Programa Minha Casa Melhor que financia móveis e eletrodomésticos para os setores de renda mais baixa, beneficiando pessoas que não teriam acesso a esses bens se não fosse o Programa; o Pronatec, programa de ensino técnico-profissionalizante que já atende a milhões de jovens e adultos que não dispunham de uma profissão.

Capítulo especial é destinado ao Programa Mais Médicos. Ao romper com a lógica corporativa e enfrentar a extremada falta de profissionais em um grande número de municípios, trazendo para aqui milhares de médicos vindos de várias partes do mundo. O Ministério da Saúde dá um passo adiante na resolução de alguns dos problemas que ainda afligem a nossa população: saúde pública.

Vítima de um grande bombardeio corporativo e de parte da mídia, o Mais Médicos goza hoje de um amplo apoio popular, pondo por terra a falácia do não preparo dos profissionais. Vale destacar que o percentual de médicos estrangeiros atuando no Brasil não passa de 2%, enquanto que nos EUA, na Grã Bretanha e no Canadá passa de 20%.

E, ainda, a solidez da economia nacional é garantida pelo acúmulo de mais de 350 bilhões de dólares em reservas cambiais. Não fossem a enorme capacidade e capilaridade de comunicação das forças progressistas esses feitos além de escamoteados não chegariam, na sua totalidade, ao conhecimento da nação. Mas a disputa é desigual!

Frente a avalanche de más notícias marteladas incessantemente no intuito de desmontar o que esta sendo construído, as redes sociais, os sites e os blogs progressistas vêm cumprindo o papel de contraposição. Urge qualificar a democracia brasileira. Em nenhuma democracia moderna e pluralista do mundo existe tamanha concentração midiática nas mãos de tão poucas famílias.

Em 2014 a disputa será dura. De um lado, os que querem que o Brasil siga avançando e de outro os que, em nome de uma suposta modernidade, representam a volta de um Brasil injusto e que ficou para trás. Não tenhamos dúvidas: hesitar frente a esse desafio não é o que quer a maioria do povo.

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Nem uma vidinha Nem um vidão Simplesmente  uma vida Plena e intensa Mas não tensa. Com alguém para amar Com um ombro para chorar Com momentos para brindar Com grana para gastar Com amigos para compartilhar. Simplesmente uma vida De erros e acertos Com alguns exageros De muito intendimento E pouco arrependimento. Uma vida larga Sem margem, cheia de aragem Para quem embarca Com a cara e a coragem Nesta maravilhosa viagem. São os meus votos para você. Boas Festas!

 

Paulo Moreira Leite: a morte de Mandela

publicada sexta-feira, 06/12/2013 às 10:24 e atualizada sexta-feira, 06/12/2013 às 22:50

 

"Viva Mandela", por Vitor Teixeira

Nelson Mandela morreu na condição rara e merecida de herói da humanidade. A derrota do apartheid sul-africano marcou uma derrota fundamental do sistema colonial, construído ao longo de cinco séculos de história.

A estatura atual de Mandela não deve obscurecer o cidadão concreto nem a situação real de onde ele emergiu. Sua luta envolveu adversários poderosos e bem colocados na economia mundial, que tiveram um papel decisivo na preservação de um regime que sempre causou horror na maioria das pessoas do século XX – mas era mantido e alimentado em função dos ganhos que gerava a seus beneficiários, dentro e fora do país.

Não se pode compreender a longa temporada de Mandela na prisão – de onde saiu, certa vez, com princípio de tuberculose – nem a absurda sobrevivência de um sistema de opressão dos mais infames que a humanidade já conheceu sem entender o papel das chamadas potencias ocidentais em sua preservação.

Na década de 1980, quando a luta contra o apartheid já provocava gestos de repúdio internacional e até boicote econômico, o presidente Jacques Chirac, principal estrela do conservadorismo francês do período, fez diversos exercícios para reforçar a musculatura da elite branca que submetia o país inteiro. Sob François Mitterrand o governo francês havia conseguido impor sanções através da ONU e retirou o embaixador de Pretória. O país também dava abrigo a exilados importantes. De volta ao poder, Chirac reabriu a embaixada, cortejou lideranças negras que negociavam pactos de preservação com o regime sul-africano e ainda enviou uma comitiva de parlamentares em missão de boa vontade: “o apartheid não existe,” disseram eles, de volta a Paris.

 

Chirac era capaz de dizer frases de um tipo de pedantismo bem conhecido: “Condeno o apartheid de forma veemente mas a questão é extremamente complexa.”

O fato é que não estava só em meio a tantas “complexidades”. Líderes da grande reação conservadora dos anos 1980, que implicou em ataques a direitos e conquistas dos trabalhadores e da população mais pobre no mundo inteiro, Ronald Reagan e Margareth Thatcher mostraram, também no África do Sul, que tinham uma visão bastante peculiar, “complexa”, é claro, daquilo que chamavam de estado mínimo e direitos individuais. Davam-se as mãos para reforçar o estado máximo que combatia Mandela enquanto sustentavam, por exemplo, a ditadura também máxima de Augusto Pinochet no Chile. Com o velho pretexto de que era preciso combater o comunismo, faziam o possível para evitar toda mudança, toda alteração no estado de coisas que pudesse democratizar o país e entregar o governo a sua maioria de cidadãos. Thatcher chegou a opor-se a simples missões de caráter humanitário a África do Sul, lembra Jack Lang, ex-ministro de Cultura da França, no livro “Nelson Mandela, lição de uma vida.”

Quando Mandela conquistou o direito de fazer pronunciamentos públicos, um dos assessores de Thatcher desqualificou suas declarações como uma prova de que “o sofrimento não havia lhe ensinado nada”.

Principal liderança política de um continente que forneceu a mão de obra que colocou de pé boa parte da riqueza que se conhece no planeta, e jamais foi devidamente recompensada por isso, é natural que Mandela seja alvo de estudo e admiração. O empenho dos aliados do apartheid para preservar um regime criminoso ajuda a entender mesmo vitórias tão admiráveis estão longe de constituir um conto de fadas.

Leia outros textos de Outras Palavras

O mundo perde Mandela, símbolo da luta pela liberdade e igualdade

publicado em 5 de dezembro de 2013 às 20:45

Nelson Mandela (1918-2013)

O “Madiba”, cuja vida é inspiração de dias melhores, morreu aos 95 anos em sua casa, em Joanesburgo

por José Antonio Lima , em CartaCapital

“Durante a minha vida, me dediquei à luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu defendi o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e conseguir realizar. Mas, se preciso for, é um ideal para o qual estou disposto a morrer.”
Nelson Mandela, na abertura de sua declaração de defesa no Julgamento de Rivonia, em Pretória, em 20 de abril de 1964

***
Em 12 de fevereiro de 1990, quando Nelson Mandela foi solto, após 27 anos encarcerado, a África do Sul estava à beira de uma guerra civil entre brancos e negros. A libertação de Mandela era fruto de negociações entre o regime segregacionista do Apartheid e a resistência negra, mantidas em segredo para não estimular ainda mais violência por parte dos extremistas de ambos os lados. Havia uma imensa desconfiança a respeito das intenções de Mandela, mas mesmo após séculos de opressão e de seu sofrimento pessoal, Mandela tomou as decisões que fazem muitos considerá-lo o maior líder político de todos os tempos.

Ao levar a todo o país uma mensagem em defesa da democracia e da igualdade, o Madiba, como é conhecido no país, se tornou o artífice da reconciliação entre brancos e negros sul-africanos, evitando o que poderia ser uma sangrenta guerra civil. Foi esse homem que a humanidade perdeu decorrente de uma infecção pulmonar, nesta quinta-feira 5. O anúncio oficial foi feito em rede nacional pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

A morte de Mandela era a má notícia que os sul-africanos esperavam há anos, desde que a saúde debilitada do ex-presidente começou a preocupar. A cada internação, o país entrava em apreensão, inúmeros boatos circulavam, o governo divulgava notas oficiais, até que vinha a notícia da alta. Desta vez, foi diferente. A morte de Mandela deve jogar boa parte do país em depressão.

Violência e o fim do Apartheid

O luto não se dá à toa. Após anos lutando contra o regime da supremacia branca de forma institucional, Mandela ajudou a fundar, em 1961, o Umkhonto weSizwe, braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA). Dois anos depois de entrar na luta armada, Mandela foi preso e condenado à prisão perpétua no famigerado Julgamento de Rivonia. Ele deixaria a prisão apenas nos anos 1990, quando se juntaria a algumas poucas figuras que tentariam colocar fim ao Apartheid.

Como o regime beneficiava diversos grupos, a resistência às mudanças seria ferrenha. Logo após a soltura de Mandela, uma onda de violência tomou conta da África do Sul. Chacinas foram cometidas várias vezes por dia em trens e outros locais públicos. Líderes comunitários e outras figuras públicas foram executados. Massacres nos guetos negros se tornaram comuns. A execução do “colar”, por meio da qual um pneu com gasolina era colocado no pescoço da vítima e incendiado, se tornou a horrenda face da violência no país. Isso sem contar a repressão violenta da polícia contra as manifestações de populações negras. Era uma época que os sul-africanos “morriam como moscas”, nas palavras do arcebispo anglicano Desmond Tutu, Nobel da Paz.

A violência daquele período era atribuída a uma guerra entre o Congresso Nacional Africano, grupo liderado por Mandela, que pregava a igualdade entre brancos e negros, e o Inkatha, movimento nacionalista zulu, um dos diversos povos sul-africanos. Essa era apenas parte da explicação. A violência generalizada era uma ação orquestrada pelas forças de seguranças do regime e pelos extremistas de direita do Inkatha. Milhares de membros da facção zulu foram treinados em campos secretos e receberam armas e dinheiro das forças de segurança do regime e de líderes brancos de extrema-direita. Alguns policiais, brancos e negros, chegavam a coordenar e participar dos massacres. Quando não havia gente do Inkatha, mercenários de países como Angola e Namíbia eram contratados. Em silêncio, para não serem identificados como estrangeiros pelo sotaque, matavam sul-africanos a esmo.

Para o Inkatha, aquela era uma luta para manter a autonomia da terra KwaZulu e buscar a independência. Para os extremistas brancos, era uma estratégia dupla: primeiro manter a argumentação de que os negros eram incapazes de se autogovernar. Caso isso não desse certo, o CNA, de Mandela, ao menos ficaria enfraquecido para a eleição presidencial que se seguiria, a primeira na qual brancos e negros poderiam votar e ser votados livremente.

A estratégia de desestabilização não deu resultados graças à força de caráter de inúmeras pessoas, entre elas o então presidente sul-africano, Frederik Willem de Klerk, e de Mandela. Entre 1990 e 1993, a África do Sul revogou leis que davam amparo jurídico ao Apartheid, desmantelou seu arsenal nuclear e convocou eleições livres para 1994. Ao contrário do que pensavam os extremistas, o CNA não estava enfraquecido por conta da violência. Nas urnas, o partido obteve uma vitória massacrante, e Mandela se tornou o primeiro presidente negro na história do país.
“Nação Arco-Íris”

No poder, Mandela operou um milagre político. O Madiba fez os sul-africanos acreditarem no seu sonho, o de que a África do Sul poderia ser mesmo uma “Nação Arco-Íris”, na qual todas as “cores” poderiam conviver de forma harmônica. Mandela conseguiu contemplar os anseios das minorias brancas e conter a ânsia por justiça de líderes negros, muitos dos quais desejavam vingança após décadas de abusos e arbitrariedade.

A face mais visível do esforço de reconciliação feita por Mandela foi o apoio à seleção de rúgbi da África do Sul, os Springboks, na Copa do Mundo de 1995. Mandela não permitiu a mudança de nome e uniforme da equipe e tornou a seleção, símbolo de orgulho dos brancos, em orgulho nacional. A empreitada teve um fim épico com a improvável vitória da África do Sul sobre a Nova Zelândia, no hoje mítico Ellis Park, em Johannesburgo. A história foi registrada de forma magistral no livro Conquistando o Inimigo, de John Carlin, e no filme Invictus, de Clint Eastwood.

O apoio aos Springboks era parte da estratégia de Mandela de liderar pelo exemplo. Para o sul-africano comum, branco ou negro, era inevitável se questionar: como pode um homem que ficou encarcerado por 28 anos deixar a prisão sem qualquer resquício de rancor e adotar um tom tão reconciliatório? Se Mandela podia, todos podiam.

O milagre da Nação Arco-Íris foi também institucionalizado. Sob Mandela, a África do Sul passou a ter programas de habitação, educação e desenvolvimento econômico para a população negra; instalou a Comissão da Verdade e da Reconciliação, que serviu como catarse coletiva para o país; e aprovou uma nova Constituição, vista até hoje como ponto central de estabilidade na África do Sul.

O legado de Mandela

Desde que assumiu a presidência, Mandela deixou claro que gostaria de ser apenas o responsável pela transição da África do Sul, e não o guia eterno do país. Ele fez isso pois desejava uma África do Sul independente, inclusive dele próprio. A África do Sul que Mandela imaginou, no entanto, não conseguiu completar o sonho do líder visionário durante sua vida. Contra a vontade de Mandela, e de sua família, sua imagem é usada persistentemente de forma política, às vezes por líderes que dilapidam seu legado. Esse processo foi agravado pelo silêncio ao qual Mandela foi obrigado a se recolher devido ao agravamento de sua doença.

Nos governos de Thabo Mbeki (1999-2007) e do atual presidente, Jacob Zuma, ambos do CNA, a África do Sul teve grande crescimento econômico, mas a desigualdade social é maior que a existente no fim do Apartheid. O CNA, por sua vez, deixou de ser o partido da liberdade para se tornar um amontoado de políticos acusados de corrupção e de agir em benefício próprio. A Liga Jovem do ANC, fundada por Mandela, passou a ser conhecida pelos atos e palavras de intolerância de seus líderes, um perigo para uma país onde a violência racial está contida, mas a tensão entre brancos e negros, não.

Apesar do uso político de sua imagem, Mandela continua sendo o bastião da democracia na África do Sul. Talvez, o distanciamento entre seu legado e a condição atual do país tenha servido para, nos últimos anos, tornar mais agudo o sofrimento da população a cada nova internação. Hoje, finalmente, chegou o dia de deixar Mandela descansar, e dos sul-africanos colocarem o país no rumo sem um exemplo vivo para guiá-los.

 

Foto de Viviane Yamatogue.

 

247 - O caso do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), flagrado transportando mais de 400 quilos de cocaína, foi tratado com pouca atenção pela grande imprensa. Principalmente se comparado aos casos de tráfico no "varejo", como define o cartunista Carlos Latuff, em sua charge sobre o tema.

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